Por volta de 1495 Leonardo foi chamado a decorar com afrescos o Convento de Santa Maria delle Grazie (Santa Maria das Graças) em Milão, onde deveria pintar uma Ultima Ceia no refeitório do convento. Ele buscou no conhecimento dos antigos astrônomos, como Ptolomeu, a inspiração para seu trabalho. Na Ceia, Leonardo procurou interpretar a comunhão entre o divino e o humano, entre o céu e a terra, representando o Sol e os 12 signos do zodíaco.
Leonardo estava convencido de que o homem era composto dos quatro elementos básicos (ou seja: Fogo, Ar, Água e Terra) e poderia ser analisado também a partir dos quatro temperamentos básicos (bilioso, sanguíneo, linfático e nervoso respectivamente), que iriam caracterizar sua personalidade.
Assim, ele dividiu os 12 apóstolos da mesma maneira que são divididos os doze signos do zodíaco: primeiramente em quatro grupos, subdividindo cada um deles em três. Assim, o grupo de 12 pertenceria aos quatro elementos, cada elemento de um grupo básico, subdividido em 3 partes menores, da mesma forma que nós fazemos com o ano solar na mandala do zodíaco, onde dividimos o ano nas quatro estações, cada uma delas com três meses, representando início, meio e fim de cada estação. Dessa forma podemos considerar os apóstolos em quatro grupos de três, ou mesmo individualmente, com suas características pessoais. Notemos ainda que, observando o afresco da direita para a esquerda temos o Sol no posto central sendo representado pelo próprio Jesus Cristo, sentado no centro ma mesa e tendo ao lado, 6 apóstolos à direita e 6 apóstolos à esquerda.
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